Por onde anda o blog Flamenco no Rio?
Olá, leitores!
(Eu sei que o blog ainda tem leitores porque eu tenho acesso às métricas do site)
Bom, eu acho que nunca me apresentei a vocês desde que esse blog foi criado, em agosto de 2010 (agosto de 2010!!!). Sei que o site parece abandonado e as atualizações não são constantes. Como percebo que ele ainda tem recebido acessos e novos seguidores nas redes sociais, acho que vocês merecem uma explicação (e, principalmente, contextualização).
Pra quem não me conhece, o meu nome é Lorenna Eunapio. Eu sou jornalista, profissional de Marketing e danço desde que me conheço por gente. Comecei a dançar flamenco em 1995 e me apaixonei por ele de verdade em 2000. Em 2003, comecei a dar aulas e dançar profissionalmente, sempre tendo a minha carreira de Marketing em parelelo. Nunca fui exclusivamente da dança, como em muitos momentos da minha vida o desejei.
Esse blog foi resultado de um curso em Marketing Digital que fiz entre 2010 e 2012. Ele foi criado apenas como um exercício e, em princípio, não tinha a intenção de transformá-lo em um site “de verdade”. No entanto, acabei atraindo bons comentários da comunidade Flamenca do Rio de Janeiro na época e algumas pessoas me pediram diretamente para manter o blog. Como eu amo essa arte e amo escrever, aceitei o desafio com muito prazer e entusiasmo! Sempre contando com o apoio dos artistas do Rio.
Mas, como eu disse antes, não sou exclusivamente da dança e, em muitos momentos ao longo desses 10 anos, o trabalho apertou, a vida complicou, o tempo diminuiu, e o blog acabou sendo deixado de lado. Depois de alguns meses, eu voltava, e depois eu sumia outra vez.
Nunca escrevi em primeira pessoa por aqui (essa é a primeira vez). Sempre fiz questão de divulgar todos os profissionais de maneira igual – sem privilegiar um ou outro artista, projeto, ou escola. Em março de 2012 nasceu o Tablado Flamenco no Rio no Lapa Café com o mesmo propósito: abrir espaço para todos os artistas, sem restrições (e inclusive como espaço de aprendizado para alunos iniciantes de algumas escolas e bailarinos que “solaram” pela primeira vez naquele palco). O Tablado aconteceu por 20 edições e a última foi em maio de 2016. Sempre com apoio de amigos queridos que entendiam que eu não vivia só disso. Muitas vezes eu ficava “agarrada” no trabalho e chegava em cima da hora no Tablado que eu mesma estava organizando. Sem o apoio de algumas pessoas, eu jamais teria conseguido.
Sei que em muitas ocasiões eu deixei de divulgar um curso, um evento, um workshop etc. Nunca por motivos pessoais. Sempre por motivos de falta de tempo mesmo.
Hoje sequer moro no Rio de Janeiro (na verdade, eu sou de Niterói). Me mudei para o Canadá em 2018 e, talvez para minimizar a saudade, quase que fechei os olhos para tudo o que estava acontecendo no cenário carioca e fingi para mim mesma que o Flamenco no Rio nunca aconteceu. Dói menos, sabe?
Só que a quarentena aconteceu e, como as pessoas estão passando mais tempo na internet, trouxe os leitores de volta para o site e novos seguidores para as redes sociais – e isso, eu não posso deixar de ver.
Também, a quarentena me reconectou às pessoas do “meu universo Flamenco”, inclusive às que também nem estão mais no Brasil. E isso tudo me fez querer voltar com o site, com as redes sociais. Me fez querer retomar o contato com pessoas com as quais eu nunca mais falei. Afinal de contas, com a internet, eu nem preciso estar no Rio para saber o que está acontecendo.
Bom, tudo isso que eu escrevi acima é para dizer que vou tentar mais uma vez seguir com o blog e conto MUITO com o apoio que sempre tive de vocês. Não estou mais no Rio, mas vocês passam a ser meus olhos, e eu passo a ser um instrumento pra fazer essa arte maravilhosa chegar a mais e mais pessoas.
Peço aos bailarinos, músicos, diretores de escolas, professores e alunos que me enviem eventos e informações sobre aulas sempre que souberem. Pode ser pelos canais sociais do blog ou pelo email contato@flamenconorio.com.br. E quem quiser colaborar de alguma outra forma, o espaço está sempre aberto.
Obrigada por todo o apoio sempre e por me fazerem lembrar que o Flamenco no Rio existiu por 10 anos e existirá por muito mais tempo!
Vamo allá!