Nuevo Ballet Español apresenta “Cambio de Tercio” no Rio de Janeiro

Nuevo Ballet Español apresenta “Cambio de Tercio” no Rio de Janeiro

(Fonte: Midiorama)

A intensidade e a magia da dança flamenca apresentados por uma das mais modernas e inovadoras companhias de dança do novo cenário espanhol: assim é “Cambio de Tercio”, um dos mais recentes espetáculos da companhia Nuevo Ballet Español, que chega aos palcos do país em setembro como a terceira atração do ano da Temporada de Dança Dell’Arte 2012.

A turnê brasileira passará pelo Rio de Janeiro, (Teatro Oi Casa Grande, 18 e 19 de setembro), Belo Horizonte (Palácio das Artes, 22 de setembro), São Paulo (Teatro Geo, 25 e 26 de setembro), Ribeirão Preto (Theatro Pedro II, 27 de setembro) e Salvador (Teatro Castro Alves, 29 de setembro).

Conhecidos por traduzir o clássico em releituras modernas, os premiados coreógrafos Ángel Rojas eCarlos Rodríguez, criadores, coreógrafos e dançarinos de “Cambio de Tercio”, entram em cena acompanhados por quatro bailarinas e apresentam diversos estilos da dança espanhola: cantiñas, sevilhanas, fandangos, rumbas, bamberas, bulerias, tanguillos e seguidillas. O espetáculo é dividido em três partes, com solos, duetos e ensembles, onde tradição se conjuga com modernidade e contemporaneidade.

Um show à parte fica por conta do requintado figurino, com seus característicos xales e caudas, e da iluminação, que acrescenta ainda mais carga dramática à interpretação dos dançarinos. Os músicos em cena interagem com o elenco, criando uma atmosfera ainda mais dinâmica e sedutora.

Rojas & Rodríguez caracterizam-se por dar aos seus espetáculos um cunho pessoal e muito peculiar. Depois de fundarem a companhia, em 1995, foram agraciados com diversos prêmios como o Prêmio UP de Dança para Melhor Companhia de Dança Espanhola e Flamenco (2000), prêmio para Melhor Espectáculo Musical do Ano (Don Juan, 2004), Prêmio de Cultura na categoria de dança atribuído pela Comunidade de Madrid (2006) e o Prêmio Cidade de Móstoles 2007, entre outros.  Em 2007 foram  convidados a  coreografar para o Ballet Nacional de España. O espetáculo estreou em Madrid, em outubro de 2009, e tem excursionado o mundo desde então, colhendo elogios da crítica. Nas palavras de Roger Salas, do jornal espanhol El PaisRojas e Rodríguez “são o que temos de melhor em sua geração”.

“Rojas y Rodríguez, bailarinos e coreógrafos madrilenos, têm claras suas inovadoras propostas estéticas, sua aposta pelo atrevimento e pela modernidade na indumentária e na cenografia; na contemporaneidade na música e na qualidade e personalidade própria.” El Mundo

 

Cambio de Tercio

A expressão “Cambio de tercio” vem do mundo das touradas e se refere à mudança entre as três fases distintas da luta do toureiro com o touro. Geralmente o termo se aplica também a uma mudança de direção. “Cambio de Tercio” foi concebido pelos bailarinos e coreógrafos Rojas e Rodríguez e representa uma evolução dos dois jovens co-fundadores do Nuevo Ballet Español, afastando-se das primeiras criações da dupla, muito focadas na energia e sensualidade da dança.

Cambio de Tercio” é constituído por dez quadros cênicos de diferentes durações, nos quais a figura do bailarino é apresentada como a matéria que se transforma e se veste para cada bailado e cada peça. Os coreógrafos desfilam uma variedade de peças e movimentos, mudanças de estilo, de vestuário e de “palos flamencos”, levando ao palco uma forte vibração em cada coreografia.

Baseado na dança clássica espanhola e no flamenco, “Cambio de Tercio” apresenta uma mescla peculiar de estilos que  Rojas e Rodríguez , ao lado de suas quatro bailarinas e de seis músicos, consideram como seu melhor espetáculo juntos, contando com uma criteriosa seleção de figurino e iluminação especialmente desenhada para garantir um efeito visual único.

Nuevo Ballet Español

A companhia Nuevo Ballet Español nasceu em 1995, a partir do encontro de dois jovens bailarinos madrilenos com larga experiência de palco: Ángel Rojas e Carlos Rodríguez. Ambos estrearam como profissionais após se formarem com mestres excepcionais como José Granero, Luisillo e Rafel Aguilar. Seus destinos se aproximaram quando receberam, em 1994, o “Prêmio de Melhor Bailarino Revelação do Concurso Nacional de Coreografia”, passando a integrar, como solistas, a companhia de José Antonio Ruiz, os “Ballets Españoles”.

Rojas e Rodríguez desenvolvem sua paixão e imenso talento experimentando novas formas do flamenco, na criação e interpretação dos espetáculos estreados pela companhia “Nuevo Ballet Español”. A projeção internacional chegou com “Flamenco Directo”, em 1998, uma proposta original que abordava o flamenco tradicional sob uma concepção moderna.

Ao longo de doze anos de trajetória, encenaram o clássico e o contemporâneo, farrucas, fandangos, alegrias, vaqueiros e “batas de cola”, preservando sempre a integridade do flamenco. Criaram espetáculos originais como “Gallo de Pelea”, “NBE x 5” e “Furia” em 2000, ano em que a companhia recebeu o “Premio UP de la Danza” para  Melhor Companhia de Dança Espanhola e Flamenco.

Em 2001, a companhia realiza um programa para a televisão pública norte americana PBS – Public Broadcasting Station, com uma seleção de suas melhores coreografias, ampliando a companhia para 24 bailarinos e 13 músicos. O programa foi transmitido nos meses de fevereiro e março de 2002, sob o título “Fury”, para mais de dezoito cidades do país, entre elas Nova York, Miami, Boston, Chicago e Filadélfia. Neste mesmo ano foram finalistas no Festival de Televisão de Monte Carlo.

“Romeu e Julieta” colocou em foco, a nível nacional e internacional, em 2003, uma obra de dança-teatro que conjugava vários estilos e marcou de maneira particular a concepção dos dois artistas sobre o flamenco e a dança espanhola.

Em 2004, Rojas e Rodríguez coreografam o musical Don Juan, uma produção franco-canadense, que recebeu o prêmio de “Melhor Espetáculo Musical do Ano”. Posteriormente fundem suas apaixonadas raízes em “Tierra”, um espetáculo que reivindica a necessidade imperiosa de conseguir um mundo melhor. Em 2006 estreia “El Alma”, um compêndio de algumas de suas melhores produções, onde se fundem estilos em sua deslumbrante maneira de interpretar o flamenco.

Em 2007 recebem o encargo de realizar sua primeira coreografia para o Ballet Nacional de España, “Dualia”, com música original de José Nieto, que tem Rojas e Rodríguez como artistas convidados nos papéis principais. A coreografia volta a ser maravilhosamente recebida por crítica e público, voltando a exibir a qualidade, beleza e sintonia de Rojas e Rodríguez na hora de criar seus espetáculos.

Desde o final de 2006, o “Nuevo Ballet Español” de Rojas e Rodríguez é a companhia residente da cidade de Móstoles. Em maio de 2008, a Comunidade de Madri encarrega a companhia de criar um espetáculo para comemorar o Bicentenário da Guerra de Independência, chamado “Baile de Máscaras”, uma mescla de dança flamenca e teatro, com músicos ao vivo e um elenco de doze bailarinos.

Desde 2008 a companhia visitou países como Holanda, Bélgica, Portugal, Chipre, Inglaterra, Macau (China), Alemanha (Düsseldorf e Berlim), França, Portugal, Grécia, Rússia, Letônia, Polônia, República Tcheca, Itália, Finlândia e México, entre outros. Os anos de 2010 e 2011 foram assinalados pelo êxito da Companhia em turnês internacionais com “Sangre Flamenca” em cidades como Seul, Hong Kong e o pavilhão da Espanha na Exposição Internacional de Shangai; assim como a apresentação da temporada de seu espetáculo “Cambio de Tercio” no Teatro de la Latina.

Ángel Rojas & Carlos Rodríguez

Natural de Madri, Ángel Rojas nasceu em 1974, estreou como profissional aos 16 anos e integrou o Ballet Teatro Español. Foi selecionado para participar do espetáculo “Hamlet” do Ballet Español de Madrid, sob a direção artística de José Granero. Em 1992 passou a integrar o Ballet Flamenco de Antonio Canales, dançando no espetáculo “A ti Carmen Amaya”, onde desempenhou o papel de touro no número Torero. Prosseguiu com um tributo a Escudero no Ballet Nacional Cubano dirigido por Rosario Suarez, participando ainda da “Gala Greco-Romana” e da “Gala des Étoiles de Montréal”. Coreografou “La Zapatera Prodigiosa”, baseada na obra homônima de Garcia Lorca, ao lado de Rodriguez e de Alicia Mantaras para o Teatro de la Danza de Madri. Em 1994 foi artista convidado da companhia de Victor Ullate.

Carlos Rodríguez nasceu em 1975, em Madri, e aos 13 anos era finalista da audição do Ballet Nacional de España. Posteriormente dançaria para a companhia de Rafael Aguilar (Teatro Español), Ballet de Zambra e Ballet Español de Madri, sob a direção de José Granero. No quadro da Expo de Sevilha de 1992 participou do espetáculo “La Petenera”, dirigido por Emilio Hernandez, após o que se apresentou em “Chorizos y Polacos” no Teatro de la Zarzuela. Esteve presente no Festival da Oti em 1992 e 1993, e foi bailarino convidado do Real Conservatório. Seguiu-se a participação como bailarino solista no Ballets Españoles, onde coreografou “La Zapatera Prodigiosa” com Rojas e Alicia Mantaras.

Em 1994, os dois dividiram o prêmio de Melhor Bailarino no Concurso Nacional de Flamenco. A partir de 1995, ambos passaram a trabalhar juntos e fundaram o Nuevo Ballet Español, onde criaram um programa diferente a cada ano. A última produção da dupla, recém-estreada, é uma nova versão de “Amor Brujo” de Manuel de Falla.

 

SERVIÇO

Dia: 18 e 19 de setembro (terça e quarta-feira)
Hora: 21h

Local: OI CASAGRANDE
Endereço Teatro: Rua Afrânio de Mello Franco 290, Leblon.

Vendas:

– Bilheteria:             (21) 2511-0800       3af e 4af – 15h às 20h / 5af e 6af – 15h às 21h30 sáb -15h às 22h / dom – 15h às 19h30
– Disque Dell`Arte: 4002-0019
Ingresso.com 



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